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Artigo: A comunicação da cultura


Imagem: Reprodução (internet)

O perceptível desconhecimento e desvalorização das pessoas sobre os elementos artísticos e culturais locais muitas vezes provocam reflexão sobre o papel da mídia na abordagem desse conteúdo e de que forma poderia contribuir para uma propagação maior para as pessoas daqui.

Se um show de bandas de forró do Ceará ou de artistas pop do eixo sudeste lota de teresinenses e uma apresentação teatral, mesmo amplamente divulgada pela imprensa local, não tem o mesmo efeito, isso implicaria que a mídia não estaria plenamente cumprindo seu papel ao divulgar esses eventos?

A resposta talvez esteja no fato de vivermos uma sociedade globalizada que favorece alguns elementos em detrimento de outros. O inerente ao Piauí está estereotipado e estigmatizado de uma forma que não convida quem é de fora e nem quem é daqui a experimentar.

A maior parte do conteúdo de comunicação consumido aqui, principalmente no que se refere a televisão, é de produção ‘nacional’ , ou seja, abordando o já tão falado eixo Rio-São Paulo, ou trazendo algum lugar diferente para reforçar padrões e características que já são de conhecimento público.

É até injusto achar que alguns minutos de programação jornalística local podem reforçar o que as novelas e programas de entretenimento, que ocupam parte do horário nobre e da atenção do público, já contemplam. O conhecimento do que é produzido aqui realmente fica reduzido a uns poucos ouvidos, que também, talvez, nem dê tanta atenção.

É preciso perceber a comunicação como oportunidade para preservar culturas, inovar modelos artísticos e levar conhecimento ao público. Mas só é possível em existindo uma comunicação de fato democrática e um sistema que possibilite que tanto em São Paulo como no Piauí, o artista possa tomar grandes dimensões de fazer seu trabalho e torná-lo conhecido.

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